Agência Reuters estima que mais de 1000
pessoas morreram.
Furacão destruiu reservas de comida e
sujou fontes de água.
Após a passagem do
furacão Matthew, mais de 1,4 milhão de pessoas necessitam de uma ajuda rápida
no Haiti. Autoridades afirmam que mais de 300 pessoas morreram, mas a agência
Reuters estima que o número de mortos já passa de 1000 haitianos.
Milhares de haitianos
ainda viviam em habitações precárias e de madeira, que não resistiram aos
ventos de 230 km/h que acompanhou as fortes chuvas, que começaram na
terça-feira (4).
O secretário-geral da
Organização das Nações Unidas (ONU), Ban Ki-moon, fez um apelo para que a
comunidade internacional mostre solidariedade e trabalhe junta em uma resposta
efetiva a esta emergência.
O mais forte furacão a
atingir o Caribe desde 2007 destruiu reservas de comida, plantações e
colheitas, segundo a France Presse. Alguns povoados e cidades foram dizimados.
A Ilha Tiburón foi a
área que pagou o preço mais alto: o gado morreu, as fontes de água estão sujas
e uma ponte fundamental - que liga a região à capital - desabou. Seus
habitantes pedem ajuda o mais rápido possível.
MEDO DO CÓLERA
Como é comum após os
desastres naturais, a Organização Mundial de Saúde (OMS) teme o aumento no
número de casos de cólera. Depois do terremoto de 2010, o país enfrentou a pior
epidemia da doença na história mundial: foram registrados mais de 500 casos de
contágio semanais e 10 mil pessoas morreram em decorrência de cólera.
No entanto, até o
momento o representante da Organização Mundial de Sáude (OMS) no Haiti,
Jean-Luc Poncelet, afirmou que há registros de dezenas de casos, mas que o
número de ainda é considerado “baixo”.
Enquanto um grupo ainda
tenta realizar uma avaliação precisa da situação de saúde dos haitianos,
espera-se a chegada de mais provisões que sejam rapidamente distribuídas.
"As pessoas estão muito ansiosas. Não tem vindo nenhum tipo de ajuda
sistemática nos últimos dias", acrescentou Poncelet.
COMO AJUDAR
Organizações
internacionais têm organizado a coleta de recursos para enviar para o Haiti,
como o Unicef, os Médicos Sem Fronteiras, Action Aid e a Cruz Vermelha.
Unicef
O Fundo das Nações
Unidas para a Infância (UNICEF) propõe cotas de doação de R$ 50 (kits de
primeiros socorros), R$ 80 (kit de higiene para duas famílias) e R$ 120 (6 mil
de comprimidos de purificação de água – o que é suficiente para purificar cerca
de 30 mil).
MÉDICOS SEM FRONTEIRA
A organização mantém
diversos projetos na região metropolitana de Porto Príncipe e, por isso,
mobilizou equipes rapidamente para atuar na emergência. Entre os projetos,
estão iniciativas de combate ao cólera. Não costumam abrir campanhas
específicas para cada uma das tragédias. As doações vão para um fundo e os haitianos
também serão beneficiados pelas contribuições.
ACTION AID
A organização abriu uma
campanha de doações de emergência para auxiliar o Haiti, onde já atua em áreas
como educação, agricultura, habitação, geração de renda e acesso à água
potável.
CRUZ VERMELHA
A ONG lançou um apelo de emergência para obter
ajuda. Embora não tenha uma página em português, é possível fazer doações em
várias real, dólar ou euro através do cartão de crédito.
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